sexta-feira, 18 de abril de 2008

Tudo que eu não ia dizer

Eu não ia escrever hoje. Não por nenhum motivo especial, porque motivo eu tenho, mas porque faz alguns dias que não tô afim... só isso. Eu simplesmente não estou afim.

Mas hoje eu ja acordei botando os pés pelas mãos, trancando a chave dentro do carro, perdendo de fazer um exame marcado há anos luz, tendo que ir ao médico ver se o olho zicou porque deu pra ficar vermelho, fora o monte de trabalho, os re-trabalhos, e ainda, o acúmulo de frustrações de uma semana inteira.

Uma preguiça incontrolável, pessoas que não agem com bom-senso. Não vai descer do ônibus agora, minha senhora? Então faiz favor de sair da porta, sim?

Vai descer no próximo ponto? Então porque Diabos sentou DOIS pontos antes, minha filha???

As semanas que eu tomo ônibus direto são as mais estressantes. Isso quando não durmo... quando durmo no ônibus tudo é lindo. Mas como eu já avisei de cara, essa semana foi dura, e eu passei ela inteira esquecendo meus fones aqui, confinada a ouvir o barulho do alheio no coletivo. Vale lembrar que só vou de ônibus quando minha preguiça bate nos píncaros e eu não tenho capacidade para dirigir.

Aí você arruma um freela. Cliente bacana, quente. E o que ele faz? Acaba com a sua auto-estima, não aprova nada que você faz e ainda te exije nota fiscal.

Somado a isso vem o meu gênio. E a minha língua que não cabe na boca. Esse meu cérebro que não entende nada de sutilezas e que quando se cansa, grita. E bem alto. Tão alto que depois meu estômago se vinga. Não aceita nada, rejeita até uma frutinha e te lembra a todo minuto que quando a boca não se cala, quem paga é o estômago.

Era isso tudo que eu não queria dizer. E no fim, nem disse.

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